Antes de "não curtir"

Atendendo a pedidos vou contar a história do post anterior "não curti".

Nós estudávamos na mesma sala. Estudos aleatórios. Não era faculdade. Nem curso de idiomas. Era um curso alternativo sobre terapias holísticas.

Neste curso, com duração de dois meses, aprenderíamos algumas técnicas e teríamos um estágio a ser cumprido no final. Quando cheguei na sala eu não gostei dele logo de cara. Achei tudo, menos uma pessoa interessante.

No estágio ele já estava trabalhando na sala e eu era "café com leite".
Ao final do curso tivemos a confraternização e adivinha quem veio puxar conversa e pedir meu telefone? 
Bingo!

Assim que passei meu número pensei: este cara vai ficar no meu pé. E por algum tempo ele até puxou papo no "zap", mas eu não dava muita trela. Achava ele meio arrogante, não era meu tipo e nem meu estilo. Só que uma vez nos encontramos coincidentemente numa casa noturna.

A partir dai, eu comecei a mudar minha percepção sobre ele. Algo dentro de mim mudou, mas não de repente, foi aos poucos. Nos nossos encontros no espaço zen começamos a conversar mais, trocar ideias, contar nossas histórias, etc.

Ele veio de um casamento traumático, dois filhos. Ela quem saiu de casa porque traiu a confiança dele. Família inteira ficou mal e ele me disse que estava em busca de um novo amor. Que havia se encontrado no caminho do bem e que focaria suas forças nisto.

Achei ele sincero, sensível e decidido no que queria. Ele também deu a entender que eu precisava me abrir mais às oportunidades da vida e que tinha gente ao meu lado disponível que eu não via. Sempre atencioso. Sempre bom ouvinte. Sempre disposto (pelo menos em palavras) a me ajudar.

Isto foi me conquistando. Fui me sentindo realmente amparada e começamos a sair juntos, como bons amigos. Destas saídas para acabarmos ficando foi um pulo. E foi muito bom! 

Porém fazendo jus ao nome do blog, tudo que é bom nem sempre dura e a partir dai ficou difícil termos dias disponíveis para sair: encontrávamos 1 vez por semana no espaço zen (a trabalho), mas chegava final de semana e nunca era possível nos encontrarmos: curso, trabalho dele (trabalhava aos finais de semana), filhos, acompanhar a mãe em médicos, etc.
Como no início de tudo eu não queria nada, rolou um sentimento de culpa e eu fui levando a situação de boa, devagar e compreensivamente. Até chegar o ponto dele não me responder mais mensagens na hora e só me retornar dias e dias depois. Tratar com pouca atenção e dizer que a vida dele era assim: atribulada e corrida.

Diante desta afirmação entendi como sendo um fora e fiquei na minha. 

De lá pra cá nunca mais falamos e quando ele se manifesta é através de curtidas no meu facebook. 

Foi por isto que desabafei semana passada com vocês porque ainda está recente e qualquer manifestação dele faz meu coração pular de forma descompassada. 

E porque de certa forma é uma maneira dele me dizer "estou por aqui", mas estar por aqui é o mesmo que querer me manter à disposição dele e isso eu não permito.

Comentários

Anônimo disse…
Déo,

Homem sensível, trabalha com terapia holística = gay ou muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito experiente na arte da sedução - rs

Siga o lema "olho por olho, dente por dente", ou seja, se ele não estava disponível, agora é a sua vez de não estar nem aí p/ele (acho justo - rs)

Bjos,

Candida Marie
Cai Fora Deodora disse…
Pois é...a vida é assim Candida!
Mas sem mágoas, só com alguns descompassos no coração rs

Bjs

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